Olha para eles. Nenhum com mais de 25, 26 anos, cansados, explorados, ansiosos por poderem parar de fingir que percebem o que estão a fazer neste mundo. Vestidos em fatos caros que não condizem com os seus ares sonhadores e distantes, olham para o fundo do seu terceiro copo de whisky na esperança que a anestesia nebulosa da primeira bebedeira do fim de semana os ajude a esquecer a profunda falta de propósito a que as suas vidas chegaram. Morto que está o romance com o conceito do “primeiro emprego”, não pensam agora em mais nada que o tempo a passar. Quantas horas para ir para casa? Quantos dias para o fim de semana? Quantos meses para as férias? Quantos anos para a reforma?
Triste sina a dos jovens adultos. Sem tempo para serem jovens e sem dinheiro para serem adultos.
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4 comentários:
Gostei muito. Excelente mesmo.
Só um pequeno boost de moral para todos os recém-licenciados que conheço ;)
E os recém licenciados que sairam de um curso de cinema...
... e até nem curtem muito de andar de fato? =P
hug,
gui
(ramboiablog.blogspot.com)
Nicely put.
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