I have fulfilled all my dreams
And yet I remain blue
No amount of song and praise
Can fill the void of you
Surrounded by minds of brilliance
I give none its worthy due
Because no amount of friendship
Can fill the void of you
I feel hope in my horizon
My career is coming through
But no amount of wealth and pride
Can fill the void of you
I'm a waste of happiness
That much I say is true
Feels like only pain and tears
Can fill the void of you
sábado, 27 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Carta de Amor
(coluna escrita para o jornal Mundo Universitário)
Adoro escrever. Quando uma frase verdadeiramente bem escrita aparece na página branca que antes ocupava o ecrã do meu computador sinto-me com o poder de fazer magia. Odeio escrever. Nunca me sinto tão desesperado do que quando passo seis meses a olhar para uma página branca.
Quando me foi pedido para escrever esta coluna, fiquei vários dias a procurar uma forma perfeita de descrever o amor que sinto pela escrita e senti-me, invariavelmente, perdido em contradições. Eventualmente percebi que era exactamente essa a razão porque a escrita é – e será sempre – o meu primeiro e mais honesto amor.
Não é fácil ser um perfeccionista. Não é fácil rejeitar as constantes ofertas que o Universo te oferece por não serem o quadro perfeito que tinhas imaginado. Não é fácil rejeitar amor por medo de ser rejeitado. Não me é fácil viver. Mas quando escrevo... bem, aí tudo parece fazer sentido. Escrever é uma forma de construir um mundo perfeito. Um mundo onde todas as personagens se comportam exactamente como tu queres. Um mundo onde governas como Deus. Um mundo em que... bem, continuo a ser rejeitado...
O meu livro chama-se “Escolhas”. É sobre um rapaz que é raptado por um “serial killer”. É sobre tortura – física e emocional. É sobre solidão, depressão e humor. É sobre as escolhas que tomamos na nossa vida e até que ponto é que somos fruto das nossas circunstâncias ou animais de instinto. É sobre o que a minha vida é e o que podia ser. É sobre mim – para o melhor e para o pior.
Saber que outras pessoas estão a ler aquilo que durante tanto tempo só viveu no meu complicado cérebro, enche-me de vida como nada antes me encheu. É por isso que quando escrevo capítulos inteiros dedicados ao modo como é agradável o cheiro a sangue borbulhante acabado de jorrar do pescoço inocente de uma vítima apanhada de surpresa pela sede de matar, no fundo – ali bem, bem no fundo – estou a escrever uma carta de amor.
Adoro escrever. Quando uma frase verdadeiramente bem escrita aparece na página branca que antes ocupava o ecrã do meu computador sinto-me com o poder de fazer magia. Odeio escrever. Nunca me sinto tão desesperado do que quando passo seis meses a olhar para uma página branca.
Quando me foi pedido para escrever esta coluna, fiquei vários dias a procurar uma forma perfeita de descrever o amor que sinto pela escrita e senti-me, invariavelmente, perdido em contradições. Eventualmente percebi que era exactamente essa a razão porque a escrita é – e será sempre – o meu primeiro e mais honesto amor.
Não é fácil ser um perfeccionista. Não é fácil rejeitar as constantes ofertas que o Universo te oferece por não serem o quadro perfeito que tinhas imaginado. Não é fácil rejeitar amor por medo de ser rejeitado. Não me é fácil viver. Mas quando escrevo... bem, aí tudo parece fazer sentido. Escrever é uma forma de construir um mundo perfeito. Um mundo onde todas as personagens se comportam exactamente como tu queres. Um mundo onde governas como Deus. Um mundo em que... bem, continuo a ser rejeitado...
O meu livro chama-se “Escolhas”. É sobre um rapaz que é raptado por um “serial killer”. É sobre tortura – física e emocional. É sobre solidão, depressão e humor. É sobre as escolhas que tomamos na nossa vida e até que ponto é que somos fruto das nossas circunstâncias ou animais de instinto. É sobre o que a minha vida é e o que podia ser. É sobre mim – para o melhor e para o pior.
Saber que outras pessoas estão a ler aquilo que durante tanto tempo só viveu no meu complicado cérebro, enche-me de vida como nada antes me encheu. É por isso que quando escrevo capítulos inteiros dedicados ao modo como é agradável o cheiro a sangue borbulhante acabado de jorrar do pescoço inocente de uma vítima apanhada de surpresa pela sede de matar, no fundo – ali bem, bem no fundo – estou a escrever uma carta de amor.
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